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VAMOS REFLETIR SOBRE A PAIXÃO DE CRISTO




Segundo a Escritura, Jesus foi crucificado à "hora terceira" (Mc 15.25) (às nove horas da manhã). E à "hora nona" (às três horas da tarde) Ele deu Seu grito alucinante: "Eloí, Eloí, lamá sabactâni?... "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (v. 34). Isso significa, portanto, que Jesus Cristo, quando deu esse grito já estava dependurado há seis horas na cruz em pavorosa solidão! Significa que durante seis horas inteiras Ele esteve sem o Pai.

"O centurião que estava em frente dele, vendo que assim expirara, disse: Verdadeiramente este homem era Filho de Deus" (v. 39).

O profeta Isaías predisse palavras abaladoras aproximadamente 700 anos antes de Cristo: “... o seu aspecto estava muito desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua aparência mais do que a dos outros filhos dos homens... Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; Dele os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso" (Is 52.14b; 53.3). 

Quão terrível e pavorosa deve ter sido essa solidão para Ele! A Jesus aconteceu algo que jamais pode acontecer conosco: Ele realmente foi abandonado pelo Pai – durante horas. É o que expressa com a maior clareza Sua pergunta: “... por que me desamparaste?". Em outras palavras: "Tu me abandonaste – mas por quê?"
Talvez você diga agora: Mas Jesus sempre sabia de tudo. Tudo – será que Jesus realmente sabia de tudo?

Pense na relação de Abraão e Isaque. Quando os dois ainda estavam a caminho do local do sacrifício, Isaque que não sabia de nada, perguntou ao seu pai: "Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?" (Gn 22.7b). O que Abraão respondeu a Isaque? Lemos em Gênesis 22.8a: "Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto". Isaque sabia, portanto, do sacrifício, mas não sabia da terrível verdade de que ele deveria ser a vítima.

Jesus Cristo sabia do Calvário. Ele sabia que seria o Cordeiro do holocausto, mas será que Ele também sabia quão terrível seria quando o Pai – nas horas do Seu sofrimento e da Sua morte – teria que abandoná-lo?

Ondas pavorosas do inferno devem ter se abatido sobre Ele. No Salmo 22 os sofrimentos de Jesus naquelas horas horrorosas são descritos de modo amedrontador, bem detalhado: "Muitos touros me cercam, fortes touros de Basã me rodeiam. Contra mim abrem as bocas, como faz o leão que despedaça e ruge. Derramei-me como água e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim. Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se apega ao céu da minha boca; assim me deitas no pó da morte. Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeiam; traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim" (vv. 12-17).

Deus virou as costas e fechou os céus para não ver a horrível morte de seu Filho.
Sobre si estava todo o pecado do mundo. Deus não podia Vê-lo. Durante seis horas o Céu se fechou. Deus não estava presente, e naquele momento o eterno afastou o olhar...




Que nesta Páscoa possamos refletir um pouco melhor sobre o profundo abismo dos sofrimentos do Cordeiro de Deus, para sermos capazes de participar um pouco dos Seus sentimentos, do que Ele passou.



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